sexta-feira, 1 de abril de 2011

Transformação da Xuxa


Essa semana rolou um bafafá em Hollywood porque a bailarina que dublou Natalie Portman nas cenas de luta jedi, digo, de balé clássico, falou para a imprensa que Natalie fez quase nada das cenas de dança de Cisne Negro.


Os diretores, produtores, se manifestaram, dizendo que tinham como provar que ela havia feita 85% das cenas de dança, que nas telas a dublê está apenas nas cenas em que aparecem os pés... (não lembro direito se é 85% mesmo, mas serve pra ilustrar um ponto de vista).


Não vi Cisne Negro, até porque vi algumas cenas que me deram pesadelos por conta dos olhos vermelhos loucos de bala de Natalie dançando. Não sei se no filme é genial, mas no trailer ficou maneiríssimo.


O fato é que a bailarina dublê de corpo acha que se todos soubessem que Natalie apenas dançou em 10% (mais estatística louca), poderia não ter ganho o Oscar, uma vez que muitos ficaram extremamente bem impressionados com as cenas de dança da atriz, que havia se dedicado muito aos treinos, que havia ido "além de limites" para aprender a dançar e brilhar muito nos palcos da Patolândia.


Aí eu pergunto: oi* (insira o ponto de interrogação)... tudo bem que a gente fica impressionado com a mudança física de um ator, seja emagrecendo muito (esse ano o Christian Bale, por exemplo), ou aprendendo uma coisa aleatória tipo tocar piano com os dentes. Mas não é só isso.


Não é porque arrancou um siso com um patins que Tom Hanks levou o Oscar em Náufrago, por exemplo. (Na verdade quem ganhou o Oscar naquele ano foi o Russel Crowe como Gladiador, mas finge, tá)...


Dustin Hoffman não ganhou um Oscar em 82 por Tootsie apenas porque se vestia de mulher, e sim porque era uma mulher muito, muito feia. (ok, quem ganhou o Oscar foi o Ben Kingley por Gandhi, que também era uma ótima transformação). Aliás quem curte o Laerte e sua nova moda deve ter lembrado do nariz do Dustin Hoffman embaixo da maquiagem.


Acho que a bailarina viajou. Natalie ganhou um Oscar merecido porque ela pariu Lea e Luke, e tenho dito. Mas que as pessoas valorizam essas transformações e reinvenções, isso é verdade. O fato é que estou pensando em fazer o papel de sei, lá, Pato Donald, pra ver se sou valorizada. Posso tomar remédios para crescer penas, pintá-las de branco, treinar durante meses a minha voz de pato do Fantástico.


Beijos,


Ariadna

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