domingo, 6 de junho de 2010

"Tristeza, por favor vá embora"



Pois bem... tenho meus dias bons e meus dias de Maysa....


Não é à toa que quando eu era criança, ficava impressionada com aquela voz tristíssima cantando "Meu Mundo Caiu" no meu LP com a trilha sonora de Estúpido Cúpido...


Pois bem, como toda bipolar, não estava no meu melhor dia este sábado, quando uma grande amiga casou... uma pessoa que eu "vi crescer", assim como muitos dos amigos que estavam lá... afinal, quando se é criança, 5 anos parece uma eternidade de diferença..


A cerimônia foi na Igreja onde cresci, onde fiz meus amigos-irmãos, onde me tornei a pessoa que sou hoje - ok, isso é bom, rs,rs,rs (toda trabalhada na auto-estima!)


Daí fiquei com um nó na garganta, porque mulher de TPM é aquilo, qualquer coisa entra em crise..... aí quando fui fazer xixi, procurei uma mesa de ping-pong pra sentar e refletir sobre a vida, olhando o Cristo....


ato falho, porque essa mesa, onde tanto me diverti e chorei na minha adolescência e juventude, não existe há anos....


percebi como o tempo pode ser louco, principalmente se você já não bate bem da bola...


pela primeira vez na vida tive aquele momento clichê em que a pessoa retorna a cidadezinha em que viveu e visita a escola, a família, um amor antigo.....


não fiquei ainda mais triste, apenas percebi que a mesa de ping-pong foi uma metáfora para outras "perdas" naturais.... de ter mais tempo pros amigos, de tocar violão na Banda, de ter um pai adotivo por perto pra me dar esporro quando eu precisava e um abraço de urso que levava toda e qualquer tristeza embora.....


aí fui pra festa de casamento, e aí é aquilo, depois do segundo prosecco, se eu já choro quando tô feliz, imagina melancólica....


tava quase indo embora, porque aquela tristeza não combinava com a alegria do momento, e chorando no banheiro, fui consolada por 2 irmãs....


aí entra um "perfect timing" da trilha sonora... justo na hora em que eu decidi voltar a festa e ser feliz, começou a tocar funk.......


então MIJOGUEI, glamurosa, na caipirinha e na vida, e nos pufes quando começou a tocar música sertaneja.... abraçava todo mundo, pedia Shakira pro DJ, quase fui derrubada pelo meu cunhado num forró emocionante, fui até o chão diversas vezes........


nem bebi muito, mas minha irmã disse que de acordo com minha performance, é melhor dizer que estava fora de mim........


daí vem mais uma grande coincidência.... no dia seguinte assisti "Amor sem escalas", que é bem legal, e fala de escolhas que fazemos na vida....


tem a cena clichê de voltar a cidadezinha, óbvio, mas faz a gente pensar no que importa, nas nossas prioridades, e naquilo que, ao escolher um caminho, deixamos de viver...


enfim.... nesse momento, agradeci minhas escolhas, pela dor, pelo amor, pela minha melhor produção: meu filho, que dançou muito, e não parava de falar, chamar todos pra brincar de palco e show....


e só ouvia: "puxou a mãe!!".......é aquilo, bora trabalhar na terapia, filhote!!!


não sei bem sobre o que é esse post.... sobre uma noite em que a tristeza quis derrubar meu mundo, mas não conseguiu graças ao poder dos amigos, do funk e não posso negar, da caipirinha (ou seria do prosecco?)


ou seja, essa vai para todos os corações solitários que me escutam agora....


PS: na foto acima, Maysa brilha muito com um cabelo louco, e o meu tava mais ou menos assim durante a festa.....

Nenhum comentário:

Postar um comentário