sábado, 28 de agosto de 2010

Festança na Minha Pança



Esse aí em cima é o Barriga, e hoje ele deve estar bem feliz. Ele é um dos bonecos do Yo Gabba Gabba, desenho que Bernardo adora, e ele canta a música "Festança na minha Pança", enquanto lancha....


e hoje é dia de comer Big Mac, Barriga, vamos nessa!!!!


Toda a grana vai pra Casa Ronald, que cuida de crianças com câncer.


Desde ano passado envolvemos Bernardo no processo, e explicamos que a festa acontece porque existe um hospital onde ficam as crianças doentes, e que comer o sanduiche ajuda o hospital a ser um lugar mais legal, melhor pras crianças e pras famílias.


Quero que ele aprenda a ser solidário, a olhar para o lado do outro, pelo lado do outro, a ter empatia, a querer o melhor pra quem a gente não conhece....


Lembro de quando eu era criança, da minha mãe juntar comigo minhas revistinhas mais antigas para meu pai levar para as crianças internadas no hospital em que ele trabalhava.


Lembro de ficar impressionada em saber que as crianças estavam lá, doentes, e chateadas, e que aquelas revistinhas seriam uma coisa muito legal pra quem estava chateado. Me sentia importante, me sentia engraçada.... estava sentindo a coisa boa que é ser solidário, mas ainda não entendia...


Teve um Natal em que eu e minha irmã, do nada, juntamos brinquedos, pegamos um ônibus e fomos até a Obra do Berço, orfanato ali na Lagoa... tocamos a campainha e entregamos os brinquedos... sempre me lembro disso, como uma doação inesperada e meio maluca que me fez me sentir bem...


É só comer um sanduiche, alguém pode dizer.... ninguém merece as filas, claro, e tem umas animações e showzinhos que podem dar de brinde uma enxaqueca, mas para uma criança, é uma maneira clara de ensinar a fazer uma ação que se tranforma numa doação.


Claro que existem mil outras maneiras de fazer uma boa ação, de ser generoso, de ser caridoso.... todas são maravilhosas, e cada um escolhe a que mais lhe faz bem.


Mas hoje senti orgulho de sentar na mesa de casa posta, toda arrumada pra comer o lanche que ia ajudar as crianças, e ouvir Bernardo lembrar que doou brinquedos pras crianças que perderam na chuva, e que as crianças do hospital precisam de brinquedos, que hospital tem que ser um lugar legal.


Ele está aprendendo a pensar nos outros, nos pequenos gestos e detalhes que fazem a diferença, com sua cabeça de criança....


Aprendi com meus pais, ensino pra ele...


O Barriga, o cara verde aí de cima, canta num desenho uma musiquinha sobre solidariedade e amizade: "se a gente for legal, ou outros também vão ser, somos amigos pra valer."


Ele é um cara legal, e sabe das coisas boas lá na Gabbalândia...


O melhor: enquanto escrevo aqui,Bernardo brinca com o carrinho que ganhou de brinde, porque queria também nuggets... você aperta o carrinho e ele sei lá, dá um giro e aparece um boneco....


só que não é manobra fácil, e Bernardo acabou de gritar da sala: "mãe, liga pro McDonald´s porque meu carrinho não tá me ajudando"....... tem como não amar e apertar e amassar muito?


"Eu quero crer na paz do futuro, eu quero ter um quintal sem muro

quero meu filho pisando firme, cantando alto, sorrindo livre

quero levar o meu canto amigo a qualquer amigo que precisar

eu quero ter 1milhão de amigos e bem mais alto poder cantar.."


diria o Rei, que não é da Gabbalândia, mas sabe de tudo...

3 comentários:

  1. "Se todos fossem no mundo iguais a você..."
    Ai como eu queria que todos os Homo sapiens sapiens ensinassem esse tipo de coisa aos seus descendentes!
    Amor ao próximo se ensina, mas se dá, só em um lar onde ele existe, ele pode ser explicado. Acho que é por isso que vemos tanto desamor por aí...
    Boa sorte na educação do meu bandoleiro-ator predileto!
    Fique com Deus.
    Fer

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  2. Mãe cabeça é isso... hahahaha
    esse ano não comemos por causa de uma festa a noite... mas JV tb separa os brinquedos pras cças que não tem nenhum... bjs

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  3. Ana... na minha infância eu fazia teatrinho com as amigas do predio, e a grana dos ingressos a gente comprava remédios pras crianças do Mario Kroeff. Num dava pra quasea nada, mas era importante essa coisa de ajudar o próximo. Minha mãe sempre foi envolvida no Lions, com bazares e campanhas e me faz muito bem quando a gente se lança numa empreitada dessas... Frederico ainda não entrou totalmente no clima, mas aos poucos vou tentando ensiná-lo a olhasr pro lado, a ver o outro... Bom saber que ainda existem pessoas como vc, como nós, que incentivam esse tipo de sensibilidade nos pequenos. Conta conosco, sempre.

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