quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Tiradentes - o terceiro e último dia da saga

Dia de voltar pra casa, mas ainda haveriam muitas emoções antes de pegarmos a estrada de volta.

Fomos passear de Maria Fumaça até São João del Rey, e lá encontramos o guia que contratamos em Tiradentes para seguimos com um grupo de van e passear pelo centro histórico. Afinal, circular com Bernardo por quase 2 horas naquele sol a pé seria muito auto-flagelo.


O trem é lindinho, o passeio é legal. Bernardo se sentiu um adulto porque foi sentado de um lado do trem sozinho, enquanto eu sentei do outro lado do micro corredor. Foi todo compenetrado olhando pela janela, não sem antes me dar uma recomendação: “não dorme porque alguém tem que cuidar de mim”.

Em São João del Rey ele não prestou muita atenção no que o guia falava, o que até achei bom, porque era tudo muito macabro. Tipo ele só falava de ordens religiosas, suas Igrejas e cemitérios. Tipo ele contando como os escravos morreram pra construir aquilo tudo. Tipo ele mostrando uma mancha na parede de um cemitério antigo e explicando que é a gordura dos corpos que estão enterrados... sério, bizarro.

Quando entramos na Igreja ele gostou mais, tirou fotos, prestou atenção nas histórias dos Santos mas ficou chocado com Jesus deitado dentro de um vidro, todo machucado. Dei explicações genéricas, achei melhor não gerar mais traumas na pequena pessoa.

Ele tentava ouvir o que o guia dizia, mas de vez em quando me fazia perguntas hilárias;

 “mãe, o que é Marrom?”... “é Maçon, filho”...

“Mãe é ouro de verdade? Igual às das medalhas”... “acho que sim, filho”

“mãe o moço falou que o cabelo da estátua é de VERDADE... sério? Porquê? De quem? A pessoa chorou pra cortar? Foi no salão ou a mãe dele?”....

Eu já estava sentada, exausta, sem força nem pra fotografar.

Passamos numa fábrica de estanho, achei que ele fosse pedir para ir embora, mas ele pirou na história de que o estanho é uma pedra derretida e tudo o mais. Comprei um elefantinho micro pra ele, que foi a primeira coisa que mostrou pro pai quando chegamos em casa. Nessa fábrica, tirei foto de uma placa ótima:




Pensei que fosse um curso, uma palestra, sei lá... mas faz parte do babado do estanho ser pedra e virar bules caríssimos.


Voltamos de van para Tiradentes, almoçamos e pegamos a estrada, certos que cinema é nossa paixão e que em 2013 a gente vai de novo (isso se o mundo não se acabar bem cinematográfico em 2012, claro).

PS: KD Selton?

Nenhum comentário:

Postar um comentário